30 de junho de 2005

e VIVA o optimismo

Nestas últimas semanas tem sido comum ouvir entre os meus colegas de trabalho as seguintes frases:
- Estou farto/a de estar aqui!
- Estou cheia de enxaquecas...
- Nunca mais chega a hora de ir embora...
- Ai que pasmaceira!!
- Quero ir para casa, tou farto/a disto!

Ora, quando essa gente começa com esses discursos, eu desligo o meu cérebro. Não suporto. Já que eu tenho que lá estar, pelo menos vou tentar aproveitar o meu tempo de maneira produtiva, não é? Exactamente por ter este tipo de atitude, o Sr. Artur (o segurança do museu) chegou à conclusão de que eu era uma pessoa optimista. E sou [se ele assim o diz... quem sou eu para o contrariar].
E só tenho mesmo que ser. Até porque sei bem aquilo que valho. Bem, já estou a misturar assuntos... ehehe Fico-me por aqui!

28 de junho de 2005

desabafos

Se há duas coisas que não gosto, são estas [entre tantas outras]:
:: que alguém molhe os dedos com saliva para folhear as revistas alheias [ou seja, as minhas revistas]
:: que alguém se aproveite do meu árduo trabalho pedindo à cara podre se o posso mandar por email porque ainda falta o historial, os organigramas e uma pequena descrição dos departamentos por onde passámos!! já agora... podias-me enviar o teu relatório todo por email??... Não estou a ser egoísta nem mesquinha, até porque se fosse uma outra pessoa mais próxima de mim e da qual eu tenho a certeza que não iria plagiar o relatório, eu concedia na boa. Arrrggghhh já chega desta conversa.

23 de junho de 2005

O que aprendo no Jornal 24 Horas

:: Uma menina de 12 anos na Etiópia foi sequestrada por 7 homens e foi espancada e torturada por não ceder a um casamento forçado com um dos homens. Acontece que três leões defenderam a menina e protegeram-na durante 1 dia e meio [fizeram estilo um círculo à volta dela], até esta ser encontrada pelos familiares e policia. O pessoal da Etiópia diz que os leões devem ter despertado o seu instinto de protecção porque o choro e desespero da menina eram semelhantes aos das crias. Fiquei maravilhada [mas a sério, não estou a gozar].
:: Um miúdo na Índia tem menstruação [sim, um miúdo]. Tem 15 anos e sangra sempre do pénis na segunda semana de cada mês. E tem mais: sofre de cólicas, dor de cabeça e alteração de humor [o chamado TPM]. Tipo... spookie... Eu diria que ele seria um ela, mas tem um pénis. Pode ser que nas próximas edições, o 24 Horas avance com mais novidades...

22 de junho de 2005

"este é o primeiro dia.. do resto da tua vida..."

Hoje foi a última vez que pisei a ESE para apresentar um trabalho académico. Aliás, não foi apenas um trabalho, foi O Trabalho: o Relatório de Estágio III.
Um misto de sentimentos:
alegria... por ter finalmente acabado o curso, uma das etapas da minha vida que teve a duração de 5 anos;
tristeza... por ter apresentado o relatório sem a presença de pessoas que foram e continuarão a ser imprescindíveis;
frustração... "você que é uma pessoa tão dinâmica, bem disposta e sempre à vontade em qualquer meio social, retraiu-se um bocado neste estágio e adoptou uma atitude passiva e não assertiva! Aproveite daqui em diante o seu lado comunicativo e sociável porque vai precisar!"

moleza... o ponto alto destes últimos dias no Museu tem sido o fecho de caixa ao fim do dia. Mas o pior é quando tenho que ler o 24 Horas porque não há outro jornal...

21 de junho de 2005

Ando a escrever menos porque se escrevesse, só iria escrever coisas deprimentes e reflexivas [chega da palavra escrever não achas?] e acho isso muita boooooring para o trullyours.
Assim que esta fase introspectiva passar, eu volto com mais posts [há-de ser tipo hoje à noite ou amanhã, porque durante o dia não tenho acesso à NET... ehehe]

19 de junho de 2005

a primeira saída à rititas

Visitante:
- Está cá há muito tempo?
Rititas:
- Quem, eu?
Visitante:
- Não... A exposição!

16 de junho de 2005

arrastão carcavelos vs manifestação de skins

Em resposta ao arrastão de assaltos e agressões elaborados meticulosamente por um grupo de 500 indivíduos (tipo uma mega fam trip), este sábado haverá uma manifestação contra a onda de violência e insegurança que se tem vindo a sentir nestes últimos dias (senão anos).
Isto já todos estão carecas de saber... [esta expressão até cai bem aqui]. A questão é que li num jornal (não me lembro bem qual) um comentário de um leitor que dizia que esta não seria uma manifestação de skins mas sim de todos quantos estavam contra a violência e a insegurança em Portugal.
Sendo assim, este sábado eu também me irei juntar aos alegados skins nessa manifestação. Sou contra a violência e quero lutar por um país mais seguro [esta é a parte em que se ouve: "heal the world... make it a better place... for you and for me and the entire human race..." - a próposito, o Michael safou-se da prisa... Mas preso já ele anda faz anos].
O que é que eu estava a escrever?... aH... a manifestação. Porque é que não vamos todos? Basta de violência e insegurança! Vamos todos: portugueses, africanos, ucranianos, ciganos, indianos, espanhóis, chineses, enfim... Todos aqueles que estão fartos de viver na penúria. Que me dizem?? Peace n' Love for y'all?

["heal the world.. make it a better place..."]

14 de junho de 2005

e agora o momento cultural...

Museu de Etnologia. Bonito espaço e deveras interessante. Não deixem de visitar, até porque eu estarei lá para vos receber com um sorrisso, vender os bilhetes das exposições e quem sabe até guiar-vos numa delas. Copiou? ;)

10 de junho de 2005

os meus sonhos
o vento não pode levar
a esperança encontrei no Teu Olhar
os meus sonhos
a areia não vai enterrar
porque a vida recebi ao Te Encontrar.

oficina G3 tempo

"fecha-se uma porta, mas abre-se uma janela"... a janela já abriu.

7 de junho de 2005

Continuo com o relatório de estágio que está no seu perfeito andamento. Mas não é disso que venho falar hoje.
Venho só comunicar o meu próximo goal.


A noite em que eu salvei um peixinho de água quente

Estava eu a fazer relatório de estágio quando num dos inúmeros intervalos olho para o aquário de água quente que tenho aqui mesmo ao meu lado na sala. Aparentemente tudo normal, diria alguém que não está habituado a observar um aquário destas dimensões. Mas não estava. Os peixes estavam agitados demais para esta hora da noite. Deve ser do calor, pensei eu. E pensava bem. Mas enquanto me auto-elogiava por esta descoberta, dei de caras com um peixinho bébé que se havia metido no meio das pedrinhas. Estava entalado por entre as pedras e não conseguia sair. Eu percebi a sua aflição, pois a barbatana abanava freneticamente. Ele não vai durar muito assim, pensei. E disse não, eu tenho que salvar este peixinho. Montei uma palhinha gigante (para que não sentisse os peixes a "morderem" a minha mão) e movi a pedrinha com jeitinho para não entalar ainda mais o peixinho. Ele continuou quieto pois não se havia apercebido que a pedra já não estava lá. Deve estar inconsciente, pensei eu. Então com a palhinha dei-lhe um toque muito leve para ele reagir. E resultou. Saiu a nadar muito devagar (devia estar tonto porque havia-se entalado de cabeça para baixo) e passado uns breves segundos, começou a nadar bem.
Senti-me feliz. E volto ao relatório.

6 de junho de 2005

"todos temos um prazo de validade"

A rotunda outrora repuxo que agora é something... por causa do metropolitano.
A porta pesada. O elevador cor-de-laranja.
O mesmo sorriso. O mesmo cheiro. A mesma casa.
Rádio Renascença. O jogo da mala.
Vai lavar as mãos.
Pipocas. Gelado.
Revistas. Televisão mas já com telecomando.
O tigre de olhos verdes no tronco da selva.
Uma muleta. Gotas para os olhos, comprimidos para as dores, meias ortopédicas, pomadas.
"Todos temos um prazo de validade" diz o doutor.
Cuidaram de mim [nós] tantos anos. Agora sou eu que cuido de [a]vós.
**

3 de junho de 2005

A aula começava às 10h30m.
Toda a turma ficou 45 minutos à espera que uma outra turma acabasse de fazer um teste com o mesmo professor e na mesma sala.
11h15m - Entrámos na sala.
O problema do datashow... ligar fios, não desligar, three holes instead of two... O datashow não funciona. O prof sai da sala em busca de um novo datashow.
O retroprojector por sua vez é levado por uma prof da sala ao lado (uma má notícia para quem apresenta os trabalhinhos em acetatos).
Com tudo isto já são 11h50m.
O prof volta. O datashow já funciona? O prof levanta os braços em sinal de vitória, mas afinal era falso alarme.
12h00m.
Dúvidas existenciais do prof sobre como se há-de apresentar, de que forma, de que maneira...
O grupo que tinha o trabalho em Power Point resolve apresentar sem datashow, por isso todos nos reunimos à volta do portátil.
Estamos todos em silêncio à espera.
12h20m - O prof corta a apresentação do power point por esta estar muito, mas muito má (compreenda-se... template, vozes, atitude, conteúdos).
13h10m - A aula acaba e os restantes apresentam os trabalhos dia 17 junho.

P.S. Para que conste: O Travassos é minha testemunha de que tudo isto aconteceu de facto.
A turma desta cadeira é uma mistura de vários anos e de vários cursos.

Sem mais comentários,
RiTiTaS

1 de junho de 2005

Art Attack

Quem vê o Disney Channel, sabe do que estou a falar. Art Attack é o programa (em versão portuguesa) apresentado pelo Pedro Penim (que por acaso é irmão do nim e tem uma cadela de pêlo preto que se chama Rita) que ensina diversos truques de trabalhos manuais e coisas assim. Até se aprende alguma coisa. Eu gosto... Mas não é de mim que eu venho falar. É do Sam. Ele também adora o programa e até tem inventado uns artes attackes jeitosos. Hoje queria que a mãe comprasse cola branca, tintas acrílicas e ainda queria um rolo de papel higiénico. Eu para me meter com ele disse:
- Oh Samuel, o papel higiénico é um bem necessário. Se queres usar no art attack, tem que ser papel higiénico usado.
Ele fez uma cara de preocupado e respondeu:
- Oh... então quer dizer que vou ter que andar a fazer xixi o dia todo!

P.S.... Feliz Dia Mundial da Criança! É bom ser-se criança [se as deixarem ser].